domingo, 13 de março de 2011

Gêneses 3-A queda parte 2.

Gênesis 3 - A queda. - Continuação
Redaçâo:André luis.
 
    V – A QUEDA E A HISTÓRIA HUMANA
    Uma vez que somos inteiramente dependentes da revelação que Deus nos tem dado de Sua Palavra para o conhecimento do início da história humana e, uma vez que Sua Palavra tem absoluta autoridade e é para ser recebida com fé inquestionável, e uma vez que as Sagradas Escrituras não necessitam de apoio com argumento e lógica humanos, ainda assim um apelo à história e experiência tem o seu interesse e valor. Este é o caso no que diz respeito à Queda. E vamos, agora, afirmar que o ensino de Gênesis 3 está comprovado e sustentado pelos grandes fatos da história e experiência humanas.
1- A TEORIA DA EXPERIÊNCIA HUMANA

  &nbspLeia os anais da história, examine os relatos policiais, estude a vida nas favelas de nossas grandes cidades e, depois pergunte, como é que o homem, o rei da criação, designado e ajustado para ser seu próprio líder e senhor, poderia ter caído mais do que os animais? Raramente são necessárias ilustrações para mostrar o quanto o homem tem caído, pois todos que conhecem a corrupção que realmente existe sob a fina vestimenta fornecida pelas formalidades da moderna civilização, estão penosamente cientes da degradação e desolação que existem em todos os aspectos. Um animal não abandonará seu filhote como acontece agora, freqüentemente, com filhos ilegítimos que são descartados pelos próprios pais. Os animais do campo fazem multidões de seres humanos se envergonharem, pois na época de acasalamento eles mesmos se confinam com seus companheiros, com exceções somente entre os animais que o homem parcialmente domesticou! Nenhum animal vai beber água suja e envenenada, no entanto, milhares de homens e mulheres bem educados são anualmente envenenados com álcool.
    Mas, qual a causa desses efeitos? Qual a verdadeira explicação destes tristes fatos? Como é que o rei da criação caiu mais do que os animais do campo? Somente uma resposta é possível – PECADO, a QUEDA. O pecado entrou na constituição humana; o homem é uma criatura caída e, como tal, capaz de qualquer baixeza e maldade.
2- AS CONTRADIÇÕES DA NATUREZA HUMANA

    O homem não regenerado é um ser composto. Dois princípios estão na ativa dentro dele. Ele é uma auto-contradição. Num momento ele faz aquilo que é nobre e louvável, no outro, aquilo que é desprezível e baixo. Às vezes ele é dócil com aquilo que é bom e nobre, mas com mais freqüência ele se entrega aos prazeres do pecado. Em alguns estados conscientes da mente, assemelha-se a Deus, em outros, é claramente um filho do Diabo.
    De onde vem este conflito entre o bem e o mal? Por que esta dualidade perplexa em nossa constituição comum? Somente uma explicação vai de encontro a todos os fatos. Por um lado, o homem é “descendência de Deus”; mas por outro, o pecado entrou pela Queda e arruinou a obra do Criador.
3- A UNIVERSALIDADE DO PECADO

    Por que é que o filho do Rei, no palácio, e a filha de um regenerado, num casebre, apesar de toda proteção que o amor e atenção lhes dispensam, manifestam uma inconfundível inclinação em direção ao mal e tendência a pecar? Por que é que a hereditariedade e o ambiente, educação e civilização são impotentes para mudar esta ordem? Porque todos são pecaminosos! Por que é que não há nação, tribo, família, livres da contaminação do pecado? Somente a Palavra de Deus resolve este problema. Todos tem uma origem comum (Adão); todos compartilham de uma herança comum (a Queda); todos entram num legalismo comum (pecado).
4- A EXISTÊNCIA DA MORTE

    “Há um evento que aconteceu a todos”, mas por quê? Fomos criados por um Deus Eterno, possuímos uma alma imortal; por que, então, o homem não deve continuar a viver nesta terra para sempre? Por que deve haver situações como decadência e destruição? Por que o homem deve morrer? A ciência não pode fornecer respostas a estas perguntas, e a filosofia não oferece explicação. Somos novamente calados pela Palavra de Deus. O salário do pecado é a morte, e a morte é universal porque o pecado é universal. Se alguém perguntar: por que o pecado e a morte são universais, a resposta é “Por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte; e assim, a morte passou a todos os homens, pois todos pecaram”.
5- A ATUAL PARALIZIA DA RAÇA HUMANA

    Cada ser e organismo estão sujeito à necessidade de se tornar diferente daquilo que é – em uma única palavra, deve crescer. Não somente os animais e as plantas, mas os cristais também obedecem a esta lei e, como mostra a história, é difícil ver por que a humanidade, que forma um todo orgânico, não segue esta lei. A única solução para este problema é que o homem não está, agora, no seu estado normal e original: ele não é mais como Deus o criou. Aquele que nega a Queda não tem luz sobre este profundo mistério. Não resta dúvida que, se o homem nunca tivesse caído, ele teria continuado a crescer em conhecimento, bondade e felicidade: de fato, teria se tornado mais e mais semelhante a Deus. Enoque, o homem que andou com Deus e aquele que Deus o tomou para si depois de Ter vivido um grande ciclo de 365 anos – um ano em um dia – é um exemplo de ser humano que cumpriu seu destino e, muito provavelmente, um tipo do que o destino de todos os homens poderia ter sido. Mas, ai de mim! O homem caiu, por conseguinte o progresso e avanço no sentido final tornaram-se impossíveis.
    O fato de que o homem não tem progredido, ou melhor, não está progredindo agora, pode ser visto através da comparação dos campos do empreendimento humano de hoje, com aqueles de dois ou três mil anos atrás. Na literatura, não surgiu nada que se compare ao livro de Jó, ou que possa competir com Salmos. Em Filologia – que é um teste seguro do desenvolvimento intelectual e da vida mental de um povo, não há linguagem moderna que esteja à altura do Sânscrito. Na Arte, tudo o que há de melhor, tomamos emprestado dos Gregos antigos. Na Ciência, ainda estamos muito atrás dos projetistas e construtores das Pirâmides – um recente exame de algumas múmias revelou que os Egípcios estavam à nossa frente até mesmo em Odontologia; em ética, o maravilhoso sistema formulado por Confucius é superior a qualquer coisa que tenhamos hoje fora da Bíblia. Em civilizações gigantescas, ninguém superou os Babilônios e os Fenícios, que viveram centenas de anos antes da era cristã ter começado. Na legislação, a habilidade forense e organizacional dos romanos nunca foi superada. Fisicamente, podemos ser comparados, em desvantagem, com os antigos.
    Então, aqui está um fato totalmente demonstrado, que, como um todo organizado, nossa raça não está fazendo um progresso real e mostrando nenhum sinal de crescimento. E repetimos: é o único entre todos os organismos vivos que não está crescendo – crescendo, não, desenvolvendo. Então, qual é a causa desta paralisia? Como podemos explicá-la exceto pela explanação fornecida na Palavra de Deus, a saber, que este organismo teve uma terrível queda, está arruinado e quebrado, e não está agora no seu estado normal e original!
    Assim, se a Queda é um fato histórico e a única explicação adequada da história humana, o que sucede! Primeiro, o homem é uma criatura caída; segundo, ele é um pecador; terceiro, ele precisa de um Salvador. Então, este é o fundamento do apelo do Evangelho. Por natureza, o homem é alienado de Deus, sob condenação, perdido. Qual é, então, o remédio? A resposta é, Uma nova criação. “Se alguém está em Cristo, é nova criatura’(2Cor 5:17). Não é o cultivo da velha natureza que é necessário, pois ela está arruinada pela Queda, mas a recepção de uma natureza completamente nova que é gerada pelo Espírito Santo. “Você deve nascer de novo”. Qualquer coisa que não enfatize este ponto é sem valor e inútil.
    VI – A QUEDA E CRISTO
    Nenhum estudo de Gênesis 3 seria completo sem meditar sobre o assunto com o Senhor Jesus diante do coração. Muitas passagens na Palavra unem Adão e Cristo e, por isso, cumpre-nos compará-las e contrastá-las cuidadosamente. Ao pensar em Cristo e na Queda, uma linha tripla de pensamento pode ser desenvolvida. Primeiro, um contraste entre o primeiro e o segundo homem no seu caráter e conduta. Segundo, o próprio Cristo suportando a Maldição da Queda. Terceiro, Cristo invertendo os efeitos da Queda e produzindo o que há de melhor. Vamos tratar destes pensamentos nesta ordem.
    Foi sugerido por alguém, que, ao comer do fruto proibido, Adão lançou reprovação ao o amor de Deus, Sua verdade e Majestade. Criado à imagem de Seu Criador; vivificado pelo sopro da Divindade; colocado num meio ambiente perfeito; cercado de toda benção que um coração pudesse desejar; colocado em completa autoridade sobre toda obra realizada por Deus; provido de uma ajudadora e companheira adequada; feito como exemplo de todo o universo do amor e bondade de Jeová, e tendo recebido uma única ordem em que pudesse ter a oportunidade de mostrar a sua apreciação pela simples observância – ainda assim, ele dá ouvidos à voz do tentador e acredita na mentira do Diabo.
    “Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dela comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus sereis, sereis conhecedores do bem e do mal” (Gn 3:4,5). O que Satanás queria insinuar com estas palavras? Elas eram como se ele dissesse: Deus disse para você não comer desta árvore? Que crueldade! Ele está retendo de você a melhor coisa do jardim. Ele sabe muito bem que se você comer desta fruta, seus olhos serão abertos e vocês se tornarão como Deus. Em outras palavras, foi um apelo para desconfiarem de Deus, duvidar de Sua graça e questionar Sua bondade. Assim, ao comer a fruta proibida, Adão repudiou e desonrou o amor de Deus.
    Além disso, ele questionou e desonrou a veracidade de Deus. Deus havia lhe alertado claramente. Em linguagem inequívoca, ele havia alertado, “No dia em que dele comeres, certamente morrerás”. Adão não sabia nada da morte. Ele estava cercado somente de criaturas vivas. A Razão poderia ter argumentado que seria impossível a morte entrar numa terra maravilhosa como o Paraíso. Mas lá, ecoou a Sua Palavra, que não pode mentir, “Certamente morrerás”. A serpente, contudo, audaciosamente nega a palavra de Jeová e declara: “É certo que não morrereis”. Em qual palavra Adão acreditaria – na de Deus ou de Satanás? Ele confiou mais na última; ele ousou duvidar da primeira e o ato da Queda aconteceu. Assim, ao comer da fruta proibida, Adão repudiou e desonrou a verdade de Deus.
    Depois, ele negou a autoridade de Deus. Como Criador Deus possui o direito inerente de emitir ordens e exigir de Suas criaturas absoluta obediência. É Sua prerrogativa agir como Legislador, Controlador, Governador, e definir os limites de liberdade de Seus súditos. E no Éden ele exercitou Sua prerrogativa e expressou Sua vontade. Mas, Adão pensou que tinha um amigo melhor do que Deus. Ele O considerou austero e despótico, como Alguém que invejava aquele que promoveria seus melhores interesses. Ele sentiu que ao lhe ser negada a fruta desta árvore que era agradável aos olhos e boa para dar entendimento, Deus estava agindo arbitraria e cruelmente, de modo que ele decidiu valer seus direitos e livrar-se da sujeição ao governo Divino. Ele substitui a palavra do Diabo pela lei de Deus; ele colocou seu desejo antes da ordem de Jeová. Assim, ao comer a fruta proibida, Adão repudiou e desonrou a Majestade de Deus. Isso é o bastante quanto ao caráter e conduta do primeiro Adão.
    Retornando ao último Adão, achamos que tudo se coloca em direta antítese. Em pensamento, palavra e ação, o Cristo de Deus defendeu completamente o amor, a verdade e a majestade do divino, que o primeiro homem tinha tão intensa e deliberadamente desonrado. Como Ele defendeu o amor de Deus! Adão se refugiou no pecaminoso pensamento de que Deus negou-lhe aquilo que lhe era benéfico e, desse modo, questionou Sua benevolência. Mas como o Senhor Jesus reverteu aquela decisão! Ao descer a esta terra para procurar e salvar o que estava perdido, Ele revelou completamente a compaixão Divina pela humanidade. Na Sua consideração pelos afligidos, nos Seus milagres de cura, nas Suas lágrimas sobre Jerusalém, na Sua desinteressada e incansável obra da graça, ele mostrou abertamente a beneficência e benevolência de Deus. E o que podemos dizer do Seu sofrimento e morte no madeiro cruel! Ao dar a sua vida por nós, ao morrer na Cruz, Ele desvendou o coração do Pai, como ninguém. “Deus provou o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rom 5:8). Na luz do Calvário jamais podemos duvidar da bondade e graça de Deus.
    Como Cristo defendeu a verdade de Deus! Quando tentado por Satanás para duvidar da bondade de Deus, questionar Sua verdade e negar Sua Majestade, Ele respondeu a cada vez: “Está escrito”. Quando Ele entrou na sinagoga no dia de Sábado foi para proclamar os Oráculos Santos. Ao escolher os doze apóstolos, Ele, intencionalmente escolheu Judas, para que as Escrituras “pudessem ser cumpridas”. Ao censurar Seus críticos, Ele declarou que, pelas suas tradições, eles anulavam a “Palavra de Deus”. Nos Seus últimos momentos sobre a Cruz, sabendo que todas as coisas tinham se cumprido, para que se cumprissem as Escrituras Ele disse: “Tenho sede”. Depois que Ele ressuscitou dentre os mortos e estava caminhando com os dois discípulos para Emaús, Ele “expunha-lhes o que a Seu respeito constava em todas as Escrituras” (Lc 24:27). Em cada aspecto e em cada detalhe de Sua vida, Ele honrou e magnificou a verdade de Deus.
    Finalmente, Cristo defendeu completamente a Majestade de Deus. A criatura aspirou ser igual ao Criador. Adão irritou-se com a sujeição governamental que Jeová tinha posto sobre ele. Ele desprezou a lei de Deus, insultou Sua Majestade, desafiou Sua autoridade. Que diferença do nosso abençoado Salvador! Embora fosse o Senhor da Glória e igual a Deus, Ele não se fez importante e tomou a forma de servo. Oh graça sem par! Ele se submeteu à lei, e durante toda Sua permanência aqui na terra Ele se recusou a fazer valer os Seus direitos e sempre foi sujeito ao Pai. “Não a minha vontade”, era o Seu santo brado. Ou melhor, mais: “Ele se tornou obediente até a morte, e morte de Cruz”. A lei de Deus nunca foi tão magnificada, a autoridade de Deus nunca foi tão honrada, as reivindicações do governo de Deus nunca foram tão ilustremente defendidas como durante os trinta e três anos em que Seu próprio Filho viveu entre os homens. Assim, em Sua própria pessoa, Cristo defendeu a insultada majestade de Deus.
    Voltamos, agora, a contemplar o próprio Cristo suportando a Maldição da Queda. Qual foi a punição que seguiu o pecado do primeiro Adão? Ao responder esta pergunta, nos restringimos ao capítulo anterior. Começando em Gênesis 3:17, podemos traçar uma conseqüência sétupla sobre a entrada do pecado neste mundo. Primeiro, a terra foi amaldiçoada. Segundo, em fadiga o homem obteria sustento dela todos os dias de sua vida. Terceiro, ela produziria espinhos e cardos. Quarto, o homem comeria o pão com o suor do seu rosto. Quinto, o homem retornaria ao pó. Sexto, uma espada flamejante impediu sua ida à árvore da vida. Sétimo, houve a execução da ordem de Deus que no dia em que o homem comesse do fruto proibido ele certamente morreria.
    Observe agora, como o Senhor Jesus suportou completamente a total conseqüência do pecado do homem. Primeiro, Cristo foi “feito maldição por nós” (Gl 3:13). Segundo, Ele estava tão profundamente ciente de Suas dores, que foi denominado “o homem de dores” (Is 53:3). Terceiro, para que pudéssemos saber o quanto, literalmente, o Santo suportou em Seu corpo as conseqüências do pecado de Adão, lemos: “Saiu, pois, Jesus trazendo a coroa de espinhos” (Jo 19:5). Quarto, em relação ao suor de Sua face com o qual o primeiro homem devesse comer seu pão, tomamos conhecimento em relação ao segundo homem, “E o Seu suor era como gotas de sangue caindo sobre a terra” (Lc 22:44). Quinto, como o primeiro Adão deve retornar ao pó, assim o brado do último Adão, naquele maravilhoso Salmo profético foi: “Assim, me deitas no pó da morte” (Sl 22:15). Sexto, a espada da justiça que impedia o caminho para a árvore da vida foi embainhada no lado do Filho de Deus, pois muito antes, Jeová tinha dito: “Desperta, ó espada, contra o Meu Pastor e contra o homem que é meu companheiro”(Zc 13:7). Sétimo, a reprodução da ordem original de Deus para Adão, a saber, morte espiritual (pois Ele não morreu fisicamente naquele mesmo dia), que é a separação da alma de Deus, está testemunhada naquele mais solene de todos os brados, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27:46). Quão absolutamente o nosso abençoado Salvador se identificou com aqueles que estavam perdidos, tomou os seus lugares e o Justo sofreu pelo injusto! Quão notório é, que Cristo em Seu próprio corpo, realmente suportou a Maldição imposta pela Queda.
    Finalmente, devemos considerar, agora, Cristo revertendo os efeitos da Queda. Deus, sozinho, pode separar o bem do mal e até mesmo fazer a ira do homem louvá-lo. A Queda conferiu a Deus uma oportunidade de mostrar Sua sabedoria e revelar as riquezas de Sua graça numa extensão que, ao que podemos ver, Ele nunca poderia ter feito, se o pecado não tivesse entrado no mundo. Na esfera da redenção, Cristo não somente reverteu o efeito da Queda, mas por causa dela, conduziu para uma coisa melhor. Se Deus pudesse ter achado um modo em coerência com Seu próprio caráter de restaurar o homem à posição que ele ocupava antes de se tornar um transgressor, teria sido extraordinário triunfo, mas aquele em que, através de Cristo, pudesse realmente ser o vencedor, é um milagre extraordinário da sabedoria e graça Divina. Todavia, o caso é este. Os redimidos ganharam mais através do último Adão do que perderam através do primeiro. Eles ocupam uma posição mais exaltada. Antes da Queda, Adão habitou num Paraíso terreno, mas os redimidos foram feitos para assentar-se com Cristo nos lugares celestiais. Pela redenção, eles foram abençoados com uma natureza mais nobre. Antes da Queda, o homem possuía uma vida natural, mas, agora, todos em Cristo foram feitos participantes da natureza Divina. Eles obtiveram uma nova posição diante de Deus. Adão era simplesmente inocente, o que é uma condição negativa, mas os crentes em Cristo são justos, o que é um estado positivo. Compartilhamos uma herança melhor. Adão era senhor do Éden, mas os crentes são “herdeiros de todas as coisas”, “herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo”. Pela graça, fomos feitos capazes de um júbilo mais profundo do que espíritos vivificados conhecem: a alegria do pecado perdoado, o compromisso da profunda consciência para a graça Divina. Os crentes em Cristo se deleitam em um relacionamento mais próximo de Deus do que era possível antes da Queda. Adão era simplesmente uma criatura, mas nós somos membros do corpo de Cristo – “membros do Seu corpo, de Sua carne e de Seus ossos”. Que maravilhoso! Fomos levados a uma união com o Divino, de tal modo que o Filho de Deus não se envergonhou de nos chamar de irmãos. A Queda forneceu a necessidade de Redenção, e pela obra redentora da Cruz, os crentes têm uma posição que o caído Adão nunca poderia ter alcançado. Verdadeiramente, “onde abundou o pecado, superabundou a graça”.

NOTA DO TRADUTOR: (1) O texto bíblico usa o pronome possessivo “her seed” para a semente da mulher e o pronome possessivo “thy seed” para a semente da serpente.

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