Série Heresias neopentecostais: Atos proféticos Por Renato Vargens
Apesar
de alguns evangélicos afirmarem que o Brasil experimenta um grande
avivamento, vivemos dias extremamente complicados. Infelizmente a cada
dia que passa, eis que surgem retumbante nesta terra tupiniquim
devastadoras heresias.
Em Curitiba,
um grupo de irmãos, liderado pelo pastor da igreja, entendeu que
deveria demarcar seu território com urina, como fazem os leões e lobos.
Após beberem muita água para encher bem a bexiga, seguiram para pontos
estratégicos da cidade e passaram a URINAR decretando a vitória do
Senhor. Numa cidade do norte do Estado do Rio de Janeiro, um pastor
resolveu confrontar o “padroeiro” do município. Para tal, ele vestiu-se
de branco, colocou uma coroa na cabeça, montou em um cavalo também
branco, escreveu na sua coxa rei dos reis e adentrou as portas da cidade
dizendo que a partir daquele instante o padroeiro daquele lugar não era
mais são Jorge e sim Jesus Cristo.
- Cortar fios ou fitas, simbolizando a destruição de redes de tráfico e crime organizado.
- Quebrar botija, simbolizando a quebra de sistemas mundanos.
- Jogar flechas
- Sentar em torno de uma mesa, simbolizando a restauração familiar.
- Arrancar e plantar árvores, simbolizando retirada dos maus frutos e começo dos bons.
- Enterrar e desenterrar dinheiro, simbolizando arrancar os tesouros escondidos.
- Orar em frente a grandes bancos, ordenando a liberação financeira.
- Ungir em frente a locais de idolatria.
- Fincar estacas demarcando limites para conquista
- Dar sete voltas em torno de locais a serem conquistados.
- Rasgar papéis que simbolizam contratos espirituais.
- Marchas proféticas delimitando territórios.
Caro leitor, vamos
combinar uma coisa? Esse povo ensandeceu! Eu não consigo imaginar Paulo e
Pedro agindo desta maneira. Sinceramente eu não sei de onde esses caras
tiram essas idéias! Ora, isso está mais para macumba do que para
Cristianismo. Prezado amigo o evangelho de Cristo é simples (2 Co
11.3,4). Nossa missão é orar e jejuar, amar e estudar a Palavra de Deus,
além de anunciar com intrepidez a mensagem da cruz ao mundo perdido (1
Co 1.18,22,23; 2.1-5). Nada além disso!
Sem a menor sombra de dúvidas
as praticas litúrgicas dos neopentecostais fazem-nos por um momento
pensar que regressamos aos tenebrosos dias da idade média, onde o
misticismo, a “mercantilização” da fé, bem como as manipulações
religiosas por parte de pseudo-apóstolos, se mostram presentes. Confesso
que não sei aonde vamos parar. Ao ler aberrações como as narradas
acima, sinto-me profundamente inquieto com os rumos da igreja
brasileira.
Isto posto, faço minhas as palavras do reformador alemão Martinho Lutero:
“Fiz uma aliança com Deus: que Ele
não me mande visões, sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom
das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que
preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir”
O reformador João Calvino
costumava dizer que o verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia, e
de que ela é o escudo que nos protege do erro.
Em tempos difíceis como o
nosso precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única
regra de fé, prática e comportamento, até porque, somente assim
conseguiremos corrigir as distorções evangélicas que tanto nos tem feito
ruborizar.
Pense nisso!
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